SÉRIE: Administração Corporativa para o Novo Milênio
TEMA: A RAINHA COMUNICAÇÃO
Por Paula Alves*- Relações Públicas.
A organização humana em todos os seus aspectos (social, cultural, econômico e histórico), passou por várias mudanças desde a organização matricial, patriarcal, escalar e vertical, horizontal, diagonal e agora em fluxo.
As mudanças começaram pelas especializações e definições de funções; passando pela hierarquia pelo poder, administração pelo produto, depois, administração de processos, de serviços, de recursos naturais, de pessoas e agora de gestão de relacionamentos.
O fluxo implica em incluir todos os perfis administrativos até então gerados de uma forma muito dinâmica. Tudo existe, mas a forma de funcionar mudou. A gestão hierárquica deixa de existir como gestão de poder ou status e passa a existir como estratégia de organização das ações para atingir objetivos.
Cai a burocracia exacerbada de controle de processos e de pessoas para o gerenciamento de informações, correção de processos e capacitação de pessoas.
A qualidade dos serviços é medida pela capacidade de atender ou superar uma expectativa gerada seja positivo ou convertendo uma negativa, IMEDIATAMENTE. Ou seja, hoje quem comanda tudo é a RAINHA COMUNICAÇÃO.
Deter o conhecimento do processo de comunicação e da tecnologia da informação hoje é o diferencial para gerir e gerar resultados. A confiança e o respeito hoje movem tudo e todos e os valores constroem a realidade. Vale a atitude.
Saber ouvir criativamente, saber traduzir as informações, saber fazer cruzamento de dados e informações levando em consideração todas as probabilidades explicitas e implícitas no gerenciamento de uma estratégia de ação, ter flexibilidade para recuar, avançar, esperar, arriscar. Reconhecer limites e investir em superá-los. Desconsiderar a organização hierárquica como fonte de poder (gerenciamento pelo medo, demérito, influxo e entropia) e aceitá-la como mero lay out de gerenciamento de informações para alcançar os resultados (gerenciamento pela informação, transparência, confiança, mérito, fluxo e expansão).
Atualmente os objetivos, os resultados, as conquistas e realizações estão além dos recursos materiais, além dos recursos financeiros e além dos recursos humanos. Estão inclusive além de qualquer tipo de gestão conhecida, mesmo considerando todas importantes e inclusas. Está além inclusive de gerir pessoas, controlando as pessoas. Esqueça ou Morra.
O diferencial dos resultados atualmente se dá pelo campo da inteligência em benefício do todo. Ou seja, é considerar que existem diversas experiências de vida, diversos níveis de conhecimento, de formação, de entendimento, de inteligência e TODOS eles tem o seu relevante valor e que o seu biótipo influencia em suas capacitações e desenvolvimento das mesmas, como toda a interferência que sofreu no decorrer de sua vida influencia em seu comportamento. Ou seja, administrar inteligências e valores humanos é o diferencial do sucesso de qualquer tipo de organização. Saber gerar uma relação de respeito, confiança, integridade entre o que fala e o que faz ação corretiva por investimento em comunicação transparente e fluídica, participação ativa nas decisões estrategicamente desenvolvidas- eis a RAINHA COMUNICAÇÃO administrando com eficiência e eficácia o Caos.
Não é mais a empresa que escolhe o funcionário, ou o funcionário que escolhe a empresa. Tudo é negociado. Tudo é contratual. Tudo é legalizado. Tudo é acordado entre ambas as partes através da comunicação. Tudo está correlacionado, veja só: Preservar a imagem do funcionário é preservar a imagem da empresa e preservar a imagem da empresa é preservar a imagem do funcionário. Não tem mais espaço para “manda quem pode e obedece quem tem juízo”;” entrar mudo e sair calado”; cumprir ordens “cegamente”. O que quer que possa comprometer um ou outro deverá ser questionado, discutido, negociado e acordado por ambas as partes envolvidas, para valorizar a ambos.
Prevenção e proatividade caminham juntas e regem o governo da RAINHA COMUNICAÇÃO.
Transparência, clareza, objetividade, fluxo, ouvidoria, atitude corretiva em processos, investimento em valores positivos sociais e morais comandam o governo da RAINHA COMUNICAÇÃO.
Tudo é imagem e imagem é atitude. Acabou o tempo d o “não tô nem ai”, do “enrolechion”, do “passe mais tarde”, está indisponível”, “não tenho como...”,” nem te ligo... ”“ não é comigo” “ não tenho autorização para...”” a chefe não quer saber” “ a chefe não valida sua informação como relevante”; ou qualquer desculpa sem fundamentação em fatos e dados”....entre outras ações antes corriqueiras. Prontidão para a solução é a atitude exigida no momento, diante de qualquer crise por mais insignificante que pareça a solicitação.
Um espelho novo, limpo, inteiro, bem iluminado reflete uma imagem sempre perfeita, valoriza a imagem, um espelho trincado distorce qualquer imagem- e haja problemas; um espelho quebrado é o fim do espelho, vira algo secundário, perde a sua função de espelho, perde todo o valor da imagem. A RAINHA COMUNICAÇÃO que se rende a um espelho íntegro vence qualquer desafio, supera qualquer obstáculo, alcança qualquer que seja a realização.
*Paula Alves é formada em Comunicação Social – Relações Públicas, com especialização em Gestão Organizacional, estudos e experiências práticas em psicologia transpessoal, conhecimento holístico em várias áreas e atuação em organizações do comércio e de prestação de serviços desde o micro e pequeno empreendedor, e empresas de grande porte. Assessoria e consultoria em treinamentos de gestão da comunicação e desenvolvimento humano.
Dar e Receber- O Fluxo Interrompido. Por Paula Alves. Vamos direto ao assunto: Dar e receber implica que alguém tem demais, outro tem de menos, e ambos estão disponíveis a uma negociação. Negociação esta que quem tem demais vai apenas fazer parecer que está beneficiando quem tem de menos em busca de mais ainda. E nesse jogo, criam-se todos os desequilíbrios e prisões e doenças dos relacionamentos. No fluxo, tudo está disponível, todos tem usufruto, não existe mais nem menos, existe prontidão. Algo está pronto para ser usufruído e atender a necessidade do agora (não de alguém, perceba a diferença!) prontamente. O problema está no uso dos verbos dar e receber. Ninguém tem nada pra dar nem muito menos algo a receber, nem de Deus, nem dos deuses, nem do outro. Estes dois verbos caem muito bem numa estratégia de marketing de consumo, mas não cabe no plano dos relacionamentos saudáveis nem muito menos da evolução da alma. Os verbos dar e receber funciona como uma respiração interrompida em s...
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